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Equilibrando a Sala: Navegando pelas Dinâmicas de Gênero para um Treinamento Verdadeiramente Inclusivo

Como formadores, somos os arquitetos do ambiente de aprendizagem. Quando ignoramos essa dinâmica, mantemos inconscientemente o status quo. Mas quando a reconhecemos e abordamos, criamos espaços de segurança psicológica, equidade e respeito.

Escrito por Ntombizehlile Ncube, formadora principal da CTGA e ponto focal de género

Ao entrar em qualquer sessão de formação, à primeira vista, parece um ambiente neutro para a aprendizagem. As cadeiras estão dispostas, os materiais distribuídos e a agenda definida. No entanto, por baixo desta fachada de uniformidade, existe uma poderosa corrente subjacente que é a dinâmica de género. Esta dinâmica é normalmente moldada pela cultura, preconceitos e estruturas de poder inconscientes e tem o poder de ditar silenciosamente quem fala, quem é ouvido e quais as ideias que são validadas.

Como formadores da Change the Game Academy (CtGA), a nossa responsabilidade vai além da transferência de conhecimento. Somos curadores de experiências, moldando não apenas o que os participantes aprendem, mas também como se sentem, se envolvem e implementam essas lições no mundo real.

Além do Binário: Compreender o Poder da Dinâmica de Género

A dinâmica de género não se resume simplesmente a homens versus mulheres. Trata-se das expectativas invisíveis e das relações de poder que todos nós trazemos para a sala. Algumas vozes dominam, enquanto outras são silenciadas devido a normas que raramente são questionadas.

Como formadores, somos os arquitetos do ambiente de aprendizagem. Quando ignoramos essa dinâmica, mantemos inconscientemente o status quo. Mas quando a reconhecemos e abordamos, criamos espaços de segurança psicológica, equidade e respeito.

Da Consciência à Ação: Estratégias Práticas para Formadores

Reconhecer o problema é o primeiro passo. Veja como cultivar ativamente o equilíbrio e demonstrar uma força de género inabalável nas suas sessões:

  1. Audiência com Intenção: monitore ativamente os níveis de participação da sua audiência. Se notar um domínio de um género, crie oportunidades estruturadas para os outros.
  2. Promova uma Linguagem Inclusiva: use ‘equipa’, ‘pessoal’ ou ‘todos’ como padrão para sinalizar que todas as identidades são bem-vindas e valorizadas.
  3. Roteie as Funções Sistematicamente: não deixe a liderança ao acaso. Atribua e roteie funções como anotador e apresentador para garantir visibilidade equitativa e desenvolvimento de competências para todos os géneros.
  4. Seja um Aliado Ativo: interrompa interrupções com elegância. Um simples ‘Obrigado, gostaria de deixar a Ntombi terminar a sua ideia’ reforça poderosamente que todas as contribuições merecem espaço.
  5. Comprometa-se com a autorreflexão: após cada sessão, reflita: ‘De quem amplifiquei a voz? De quem posso ter ignorado a voz sem querer?’  Esta prática é crucial para o crescimento contínuo.

Em última análise, a dinâmica de género é central para o próprio processo de aprendizagem. Quando equilibramos corajosamente a sala durante a formação, modelamos o mundo equitativo, respeitoso e poderoso que todos estamos a trabalhar para construir.